domingo, 7 de novembro de 2010

CAPÍTULO XIII


 “VIVER EU QUERO. CONVIVER É PRECISO!”

Treinamento de Pais e Educadores - Prevenção dos distúrbios emocionais

Psicose, Grupo Afetivo e Cura

Um dos fatos mais importantes que nos fizeram enveredar pelos caminhos do comportamento humano foi o caso de José, paciente depositado no interior de um hospício público, abandonado pela família, sem tratamento e sem atenção. Considerado um paciente
crônico durante muitos anos, um louco sem recuperação pela Ciência, ajudado por uma equipe de jovens que acreditou na sua cura e na sua reintegração familiar. Um louco que ficou
bom e voltou para casa. Isso nos fez acreditar que não existe loucura, mas existem comportamentos de profunda reatividade, que só com muita dedicação e afeto podem retornar
ao mundo real.

O Homem dos Sacos
Havia um paciente no hospital que andava sempre com um saco. Dentro do saco muitos objetos poderiam ser encontrados: pedras, pedaços de madeira, folhas secas, pequenas caixas vazias, etc. Tratava esses objetos como se fossem peças muito valiosas. Seu discurso era o de um magnata, falava que possuía muitas terras e gado, minas de ouro e de pedras preciosas, prédios e navios, aviões e lanchas. Era um homem podre de rico. Vivia solicitando
licenças para sair do hospital e cuidar dos seus negócios lá fora. Pedia para todos que o ajudassem a fazer petições, requerimentos e cartas para a direção do hospital, pois estava tendo muitos prejuízos. Seus funcionários o estavam roubando e dilapidando seus bens na sua ausência.
Ficava horas contando os seus papéis velhos e gravetos e os escondia rapidamente quando alguém se aproximava. Prometia grandes somas em dinheiro para os enfermeiros se eles conseguissem a sua “libertação”. Queria, porém, um documento com assinatura do diretor e de todos os médicos do hospital para que pudesse legalizar lá fora a sua vida e seus bens.
Certa vez fugiu do hospital aproveitando-se da distração dos funcionários num dia de festa. Estavam todos no grande quintal que ficava atrás dos prédios, quando ele pulou o muro com o saco nas costas. Ficou oito dias na rua. Regressou no nono dia contando várias estórias.
Ao invés de um saco, já possuía dois. O maior, que conseguira na rua, estava cheio de objetos catados pelas esquinas. Disse que não poderia misturar o conteúdo dos sacos porque esses conteúdos pertenciam a dois mundos diferentes: o da rua e o do hospital. Se o fizesse - dizia - poderia desorganizar sua cabeça, que já sabia de cor o que havia e quanto havia dentro de cada um.
Ele era um paciente solitário, gostava apenas da companhia dos seus sacos. Não participava de atividades grupais e estava sempre muito desconfiado. Para melhorar nosso contato com ele passamos a presenteá-lo com vários objetos sem importância como: caixas de fósforos e de chicletes vazias, pedaços de papel de chocolate, prospectos de remédios com figuras coloridas, etc. Ele os recebia para depois selecioná-los. Guardava no saco os que eram aprovados por ele e jogava fora os restantes. Um dia perguntamos a ele por que selecionava os objetos. Respondeu: - “Para separar o joio do trigo”. Explicou que as pessoas e os objetos são divididos em “bons” e “maus”; os bons devem ser guardados e os maus jogados fora.
Ele era um dos pacientes que nunca recebia visitas dos familiares. Era solteiro.
Perguntamos sobre sua família. Ficou calado e abriu o saco grande, tirou de lá vários papéis e pôs-se a contá-los na nossa frente. Perguntamos por que resolveu contar os papéis na nossa frente, já que não gostava de fazer isso na frente das pessoas: - “Você é muito curioso, mas é uma pessoa boa” - respondeu. Despediu-se em seguida e saiu pela porta do consultório carregando os dois sacos. Passamos alguns meses conversando com ele sem tocar no assunto relativo à sua família. Já éramos amigos e tínhamos até permissão de retirar alguns objetos de ambos os sacos, um de cada vez, para examiná-los com as nossas próprias mãos. Fizemos
vários requerimentos solicitando a sua “libertação” do hospital. Nenhum resultado concreto.
Em uma das nossas conversas tivemos a feliz idéia de associar sua “libertação” à sua família. Falamos que só se sentiria livre para sair do hospital quando o hospital deixasse de significar para ele uma família. Teria que tentar uma reaproximação com a sua verdadeira
família para poder livrar-se do hospital.
Passou três semanas sem nos procurar, mas, um belo dia, pediu para termos “uma conversa em particular”. Não queria entrar no consultório para conversarmos porque acreditava que “até as paredes têm ouvidos”. Fomos conversar debaixo de uma mangueira velha que havia no fundo do quintal do hospital. Puxamos dois tijolos e sentamos.
Confortavelmente instalados nos tijolos iniciamos a nossa conversa. Com os sacos perto de si, começou a falar sobre sua família.
Morava no interior e sua família possuía uma fazenda com plantações e gado.
Possuíam um barco com motor a óleo diesel e um pequeno estabelecimento comercial. Eram oito irmãos e havia muitas brigas quando se tratava de repartir os lucros ou administrar as
atividades. Tinha vindo estudar na capital aos doze anos de idade e aos quatorze começou a sentir uma certa confusão na cabeça. Parou de estudar e de receber ajuda dos familiares.
Morava com uma tia na capital e esta, sem receber apoio financeiro da sua família, resolveu interná-lo no hospital. Atualmente tinha quarenta e oito anos de idade. Sua primeira
internação se dera quando ainda tinha vinte anos.
Percebíamos pela primeira vez que ele estava lúcido e falava a verdade. Naquela conversa o seu delírio de grandeza aparecia apenas poucas vezes; logo em seguida retomava o fio da realidade e continuava falando de forma coerente e compreensível. Durante todo o tempo não olhou uma só vez para os sacos. Terminada a conversa levantamos dos tijolos e fomos andando vagarosamente em direção ao prédio do hospital. Havíamos andado poucos
metros quando ele, de repente, se voltou e saiu correndo para buscar os sacos que havia esquecido perto dos tijolos. Era a primeira vez que havia ficado tão longe dos sacos.
Nos dirigimos diretamente para a sala de arquivos do hospital. Examinamos e checamos seus prontuários velhos e o atual. Foi possível fazer a reconstituição da sua vida hospitalar e familiar naquela confusão de informações escritas nos papéis. O que nos falara estava escrito nos prontuários e a sua estória começou a ganhar um sentido diferente e real.
Naquela tarde, na reunião de acompanhamento de casos, falamos sobre as descobertas que haviam sido feitas. Residentes, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais
foram mobilizados para ativar o contato com familiares, estimular contatos grupais, projetar um plano de trabalho para a sua futura saída do hospital. O homem dos sacos agora já não estava só com seus sacos, possuía uma retaguarda disposta a entender o seu dilema com eles.
Na verdade eram muitos esses dilemas.
Era conhecido como Papai Noel. Já havia brigado muito com outros pacientes por causa desse apelido. Agredia todos os que ousassem aproximar-se para abrir seus sacos.
A primeira providência tomada pela equipe foi a de resgatar o seu verdadeiro nome.
Chamava-se José. Agora todos passariam a chamá-lo pelo seu nome. As assistentes sociais descobriram o endereço da sua tia e de mais três irmãos que residiam na capital.
As reuniões com os familiares tinham o objetivo de restabelecer os contatos e mostrar que, com a ajuda deles, José poderia recuperar a sua posição normal de membro da família.
As resistências foram muitas e intensas mas as esperanças continuavam.
Nessa época compreendemos como era falso o mito da loucura e do “louco varrido”.
O psiquismo humano, analogamente ao sistema imunológico do organismo, possui poderosas defesas para preservar o equilíbrio mental. O comportamento “anormal” mantém preservada
sua coerência e seu lado saudável para poder suportar os desequilíbrios da família e da sociedade.

Explicando os códigos:
O enigma de José estava contido simbolicamente na sua relação com seus sacos. O saco pequeno, que guardava objetos adquiridos dentro do hospital, representava seus núcleos afetivos hospitalares (grupo afetivo hospitalar) onde passara grande parte da sua vida. Era pequeno porque não lhe interessava muito que crescesse. O saco grande representava seus núcleos afetivos sociofamiliares (família e sociedade) para onde desejava retornar. Era a sua
“libertação”, tantas vezes solicitada por requerimentos e cartas.
Seu delírio de riqueza, representado pelo ouro, dinheiro e propriedades, simbolizava o seu abandono pela família, que o deixava mendigo desse afeto tão importante e valioso e que
era recolhido pelo chão em forma de objetos, convencionalmente de pouco valor. Denunciava, ao mesmo tempo, a ambição materialista existente em suas família e na sociedade que conhecia. Como não possuía (naquela época só tinha o saco hospitalar) uma forma concreta e palpável de realizar seu desejo, fugiu do hospital para adquiri-lo e o fez maior, depositando-o
num saco bem grande. Sua fuga não foi uma indisciplina, mas, tão somente, o resgate material do seu sonho: uma grande vontade de reaproximação sócio-familiar, isto é, um desejo de reintegrar-se à vida real.
Contar e recontar os objetos de cada saco, era manter-se em contato permanente com os dois núcleos afetivos que possuía. Mantê-los sob severa vigilância significava evitar mais um grande roubo afetivo na história da sua vida. Mantê-los separados serviria para distinguir duas histórias completamente diferentes e opostas entre si. Misturar o conteúdo dos sacos seria misturar seus conteúdos diferentes e desorganizar sua cabeça, a sua vida afetiva.
Ninguém poderia intrometer-se para não desordenar o que havia conseguido ordenar com tanto trabalho e durante tanto tempo.
Só quem conseguisse, como ele, perceber essas diferenças poderia aproximar-se dos sacos. Naqueles sacos estavam guardadas as únicas coisas de valor que possuía na vida. Os objetos que não serviam mais para os outros, representavam restos de afeto que ele cuidadosamente coletava e selecionava para depois juntar seus pedaços e incorporá-los, enriquecendo o seu mundo pobre de afeto. Selecionar seria o mesmo que separar as boas das más experiências afetivas pelas quais havia passado.
José havia ensacado a sua vida afetiva durante muitos anos para não se sentir só e para preservar sua identidade, sua memória e suas emoções. Conhecia o conteúdo de cada um dos sacos como a palma de sua mão e os mantinha separados para não perder a sua sanidade mental. Evitava os grupos porque o seu grupo original (sua família) o tinha expulsado precocemente do seu convívio e o havia esquecido. Seu grupo confiável eram os sacos,
resumo valioso e silencioso de toda a sua história. Como confiar em grupos, se os grupos o
rejeitavam e o consideravam como um estranho, um louco?
Nossa relação de amizade estreitava-se cada vez mais e nossas conversas já eram mais
longas e profundas. Já eram, quase todas, feitas dentro do consultório. Fomos apresentando
gradativamente os membros da equipe para o José. Após certo tempo já não conversávamos
mais sozinhos, havia um grupo que conversava, do qual José era membro participante. No
princípio falava pouco, mas com o tempo foi tomando a palavra e se incorporando ao trabalho
da equipe. José estava experimentando as vantagens de participar do seu primeiro grupo
confiável. Denominamos esse grupo de “Grupo Trabalho e Esperança”.
Certa vez ele nos confidenciou que achava que dessa vez iria conseguir sua
“‘libertação”. Aquelas pessoas - segundo ele - não estavam mentindo, pois já conseguira
algumas visitas dos irmãos, que lhe trouxeram presentes e dinheiro. Suas roupas já não eram
tão sujas como antigamente e os banhos não tão insuportáveis assim. Mas os sacos
continuavam perto dele.
Nós compreendíamos cada vez mais a solidão de José e, ao mesmo tempo, o nosso
despreparo para lidar com casos semelhantes ao dele. Achamos mesmo que as pessoas olham
para os “loucos” da mesma forma como olham para as crianças e adolescentes: como se
fossem sacos grandes ou pequenos, completamente vazios, ou melhor, cheios de coisas sem
valor por conterem dentro de si quinquilharias que necessitam ser selecionadas pelos
conselhos e normas “educativas” dos adultos. Que precisam de muita proteção por não
possuírem conteúdo e objetivos próprios. Sentem-se donas desses sacos e os carregam de um
lado para o outro, segundo seus próprios sonhos e desejos, sem se importarem com os seus
próprios conteúdos de valor. Seriam como os sacos de José: simples objetos, cuja função seria
a de proteger seu dono com suas presenças. Protegê-lo de sua insegurança e solidão.
José começou a participar de outros grupos de pacientes e ganhava mais confiança em
si mesmo. Fazia anos que não tomava remédios no hospital. Era um esquecido hospitalar
desde o tempo em que era conhecido como Papai Noel. A partir das nossas primeiras
conversas, a equipe havia resolvido que ele não tomaria remédios como parte do seu
tratamento. Nunca lhe foi oferecido nem nunca pediu. Continuou sempre assim: sem
remédios. Era um antigo membro do grupo da abandonoterapia (apelido que dávamos aos
esquecidos), que agora já possuía identidade e se chamava José ; membro com voz e voto
dentro do grupo “Trabalho e Esperança”, escolhido e eleito pela equipe do hospital para ser o
cidadão de sua própria libertação.
José pediu-nos que guardássemos os seus sacos na sala de reuniões, onde havia um
velho armário cheio de desenhos e objetos confeccionados por pacientes da terapia
ocupacional. Perguntou se era um lugar seguro e quem guardava as chaves desse armário.
Falamos que era seguro e que as chaves ficavam com o nosso grupo. Perguntamos se ele
queria ter uma chave só para ele. Aceitou, e a nova chave foi confeccionada e lhe foi
entregue. Andava com ela pendurada no pescoço e dormia com ela. Não tinha mais o trabalho
de carregar os dois sacos porque os havia trocado provisoriamente por uma chave, símbolo da
sua confiança em nosso grupo.
Com o passar do tempo parou de coletar objetos do chão e entrou para um grupo do
Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) que havia sido instalado no hospital para
pacientes que queriam aprender a ler e escrever. Seus delírios eram pouco freqüentes e só
reapareciam quando retirava seus sacos do armário para tê-los junto a si, e desapareciam
quando nos confiava a guarda dos mesmos.
Ensinamos a ele que não revidasse quando alguém, relembrando os velhos tempos, o
chamasse de Papai Noel. Para nós e para quase todos, ele era o novo cidadão chamado José e
deveria ser assim para sempre .
Certo dia seus parentes vieram buscá-lo para que passasse o fim de semana com eles.
Concordou em ir e queria levar os sacos, mas o convencemos de que ele, como o novo José,
deveria levar apenas a chave do armário. Ele aceitou e foi embora com os parentes. Voltou na
segunda feira pela manhã com um terceiro saco. Na verdade não era um saco e sim uma
sacola. Estava cheia de objetos diferentes dos outros que estavam no armário. Continha
escova, creme dental, roupas, sapato, sandálias, cadernos, biscoitos e um pente novo.
Ele estava alegre, mas conversava pouco com os parentes. Aproveitamos a presença
deles e fizemos uma reunião conjunta do grupo “Trabalho e Esperança”.
O grupo ia ficando maior com o passar do tempo e já mostrava alguns resultados. Na
reunião, os irmãos queriam que ele saísse do hospital e retornasse para a casa de um deles. O
José ficou reticente e acabamos concordando que sua saída teria que ser decidida por ele e que
deveria aproveitar e concluir seu curso do Mobral.
Já sabíamos muito a respeito da sua vida familiar. Seus irmãos contaram muitas
estórias que não estavam escritas nos prontuários velhos a nem nos novos. Parte de sua
família morava na capital e possuía boa situação financeira. O pai de José havia falecido há
dez anos, mas sua mãe ainda morava na mesma fazenda com os filhos mais novos.
Numa outra reunião do grupo José pediu que guardássemos sua sacola nova, pois
temia que os outros pacientes roubassem seus objetos, fato bastante freqüente entre eles.
Queria ficar com alguns objetos de uso pessoal e com a chave do armário. Pediu também que
queimássemos os outros dois sacos antigos. Respondemos que os sacos antigos ficariam
guardados até um ano após sua saída do hospital. Gostaríamos que ele próprio, após um ano e
junto com a sua família, voltasse a nos visitar e junto conosco, procedesse ao ritual de
incineração dos velhos sacos. Aceitou a idéia e voltou para a sua aula do Mobral que já havia
iniciado há cinco minutos atrás.
O novo José já não era o mesmo homem dos sacos e a nossa equipe já não era a
mesma dos velhos tempos. Havíamos aprendido, com ele e com outros pacientes, formas
novas de preencher nossos “sacos intelectuais” com conteúdos de muito valor. Nós, José e os
outros pacientes estávamos melhorando, mesmo estando todos, internados no mesmo
hospício.

Concluído o curso do Mobral ele já escrevia uns bilhetes para os seus familiares. As
visitas já eram semanais e as saídas do hospital se prolongavam por uma semana a até por um
mês. Estava na hora de José sair.
Na nossa última reunião do grupo “Trabalho e Esperança” fizemos uma brincadeira
com José: redigimos uma “Carta de Libertação” concedendo ao Sr. José Oliveira da Silva, os
títulos de Cidadão Livre, Membro Honorário da Equipe a de senhor de todos os bens e
riquezas que ele conseguisse adquirir dali por diante com o seu próprio esforço. Essa Carta
continha também todas as aquisições que fizera desde que passara a se constituir um membro
integrante do nosso grupo até aquele dia. Só omitimos na Carta a existência dos dois sacos
velhos que ainda jaziam no armário, símbolos de sua loucura, e ao mesmo tempo, da
manutenção da sua sanidade. Presenças concretas do seu esforço solitário em manter seu
próprio equilíbrio, sem a ajuda de ninguém, durante muitos anos.
José saiu do hospital numa sexta-feira de tarde acompanhado por sua sacola nova,
pelos parentes, pelos membros do Grupo Trabalho e Esperança e por alguns pacientes que
haviam se tornado seus amigos nos últimos tempos. Sentia-se mais confiante e, na porta de
entrada do hospital, se despediu de todos, entrou no carro com seus parentes e desapareceu
entre os acenos dos que ficaram.
Lembramos que, quando recebeu sua “Carta de Libertação”, percebeu, com um
sorriso, a assinatura de quase todos os médicos do hospital, funcionários e pacientes que o
conheciam bem. Mais parecia um abaixo assinado. Já sabia ler e escrever. Apôs seu nome na
última linha, dobrou o papel e o colocou no bolso.
O Grupo Trabalho e Esperança já não existia mais, e se transformou, naqueles dias,
num grande saco vazio com a saída do José.
Ele nunca mais retornou para aquele hospital, não voltou para queimar os sacos. O que
foi feito dos sacos velhos nem nós sabemos responder. Talvez, esquecidos como tantas outras
quinquilharias do hospital, devem ter recebido o destino do lixo ou queimados sem a nossa
presença, numa grande fogueira de São João. O que, aliás, era muito comum acontecer com os
papéis velhos.

Dinheiro e Comportamento Reativo
O dinheiro apareceu no início da história da civilização humana. Os primeiros grupos humanos não conheciam sua utilização; usavam o escambo (troca, barganha) para obter
produtos ou serviços. Essa facilidade de comprar, com alguma coisa que representasse um
valor padrão para todos evitou muitas confusões e perdas de tempo. Carregar nas costas dois
sacos de trigo para trocar por um carneiro nas feiras que existiam em determinados povoados,
avaliar quantas galinhas valia um saco de batatas e quanto se deveria pagar para um escriba
(cidadão que sabia ler e escrever) para que escrevesse versos ou cartas para alguém, era um
verdadeiro problema. Com o aparecimento das primeiras aldeias e cidades, os produtos ou
serviços eram pagos utilizado-se sacos de sal (origem da palavra salário), em formas de
sementes, de ouro ou prata e outros materiais. Com o tempo passaram a ser utilizados papéis
carimbados, que representavam diferentes valores. Seus portadores usavam para adquirir
objetos ou pagar serviços.
Devido a muitas falsificações existentes apareceram as primeiras moedas cunhadas em
metais (ouro, prata, chumbo, ferro, etc.).
O dinheiro facilitou muito a comercialização dos produtos e serviços, mas trouxe
também muitas brigas, intrigas e guerras no decorrer de seu percurso. O ato de pagar ou
receber até hoje está impregnado das sensações mais diversas que se possa imaginar. A moeda
e a cédula que pegamos com as mãos, está sempre contaminada pelas nossas emoções.
Ganhar ou perder dinheiro pode causar sentimentos como: alegria, tristeza, raiva, vingança,
afeto, estratégia para alcançar algum benefício ou privilégio, entre muitas outras coisas. É
possível que a palavra gratificação já tenha significado algum dia: “pagamento feito com
gratidão”.
Um grande número de comportamentos reativos (brigas, drogas, mortes, guerras, etc.)
está ligado à questões onde o dinheiro é o elemento central. Os casamentos antigos eram
realizados através de “dotes”. A mulher que não possuía um bom dote, oferecido pela família
ao noivo, encontrava grande dificuldade para casar.
Podemos dizer que a saúde de um país depende da quantidade e qualidade do dinheiro
que corre em suas veias, isto é, que circula no mercado. As pirâmides do Egito, o muro da
China, as descobertas marítimas pelos europeus, o tráfico de escravos e um sem número de
outras coisas foram movidas pelo dinheiro.
Certas pessoas costumam tratar as outras pela quantidade de dinheiro que têm. A
riqueza pode fazer alguém ser muito admirado ou, simplesmente, invejado. Ser rico pode se
transformar, para muitos, num projeto de vida. Existe um ditado que diz: “Cada pessoa tem
seu preço”, mostrando a possibilidade de comprar com dinheiro à vontade dos outros.
O dinheiro, como vimos, é capaz de alterar o comportamento das pessoas e dos povos,
provocando alterações no comportamento. Ao comportamento dos que depositam grandes
doses de afeto no dinheiro, isto é, que acumulam muito e ficam tristes ao usá-lo, chamamos de
avarento, “pão-duro”, “mão-de-vaca”, etc. Há os que “jogam dinheiro pela janela”, gastam
tudo de uma vez, não conseguem administrá-lo. Em todos esses casos percebemos que o
dinheiro mexe na imaginação, nos sentimentos e nas fantasias de cada pessoa.
Lidar com dinheiro significa lidar com a realidade. Dizem que “quem come cocô e
rasga dinheiro perdeu completamente o juízo”, ou seja “pirou”. Lidar com dinheiro exige
certo equilíbrio psíquico e firmeza de princípios; o caráter de alguém pode correr sérios riscos
se a quantidade de dinheiro oferecida for grande, se suas fantasias de riqueza ultrapassarem os
limites da realidade. Uma pessoa quando fica com raiva de outra, ou se recusa ou “enrola”
para pagar; quando ama, é capaz de gastar todo o dinheiro que tem para agradar a outra; se
tem medo de ficar doente, gasta tudo com remédios e médicos; outras, nunca tem nada porque
sentem culpa de ter muito dinheiro. Conhecemos o caso de uma pessoa que sentia dores no
abdome e se recusava a pagar uma consulta médica. Morreu com apendicite supurada.
Conhecemos um senhor de sessenta e dois anos que era solteirão. Não casou porque
acreditava, enquanto jovem, que o casamento e os filhos davam muito prejuízo. Era um horror
de dinheiro que se tinha de gastar. Olhava com inveja para as crianças do seu vizinho e
chorava ao dizer: “Hoje eu daria tudo o que tenho para ter uma esposa e um filho, mas isso
não se pode comprar, infelizmente!”
Costumamos dizer que o melhor lugar para se guardar o dinheiro é no bolso, não na
cabeça. A cabeça é o lugar da convivência com os outros, o bolso é o lugar do dinheiro. Ter
grande quantidade de dinheiro ajuda muito, mas não garante segurança, equilíbrio e felicidade
para o portador.

Punição, Omissão e Culpa: pensando sobre o futuro

O comportamento reativo dos adultos, crianças e adolescentes quase sempre está
acompanhado do sentimento de culpa. Muitas vezes ficamos em dúvida quando punimos ou
nos omitimos em relação a várias situações da vida diária.
O comportamento reativo pode ser entendido como explosões do comportamento.
Reagimos ao invés de agirmos, para, em seguida, sentirmos culpa pelo que fizermos. Outras
vezes, ficamos omissos e cegamos para o comportamento reativo, permitindo que ele se
instale e continue promovendo a confusão na convivência. Por que agimos assim?
Na verdade, a quase totalidade do nosso comportamento diário é regido por impulsos
inconscientes que reagem na tentativa de alcançarem o equilíbrio. Sentimos culpa, nos
omitimos e punimos por que aprendemos a fazer isso com nossos pais, que aprenderam isso
com os nossos avós, que aprenderam isso com uma sociedade que reproduz a culpa, a omissão
e a punição.
A família é o núcleo reprodutor dos hábitos e dos costumes da sociedade que a origina.
Pode ser representada por um pássaro domesticado preso em uma gaiola. No nosso caso,
come ração, não pode voar e, às vezes canta (ou protesta?) para esquecer sua solidão. Assiste
da prisão outros pássaros voarem e cantarem em liberdade. Mantêm-se presa porque não sabe
abrir a porta da sua própria gaiola. Todo pássaro, antes de ser preso, já conheceu a liberdade;
quando nasce na gaiola, passa a reconhecer a gaiola como o seu espaço de liberdade e
desaprende a voar, a lutar pelo alimento e seu canto se domestica.

Nossa gaiola é a nossa família e a nossa civilização, seus valores, conceitos e
preconceitos, sua forma desorganizada de conviver. Do que adianta abrirmos a gaiola sem
sabermos para onde ir, se desaprendemos a usar nossa liberdade e a lidar com a liberdade dos
outros? Teremos que projetar um “plano de vôo” antes de abrirmos a porta da gaiola.
Utilizamos, repetidas vezes, certos modelos como o computador, a vida indígena e o
comportamento de outros animais. Fizemos isso para mostrar que ainda somos animais, que
possuímos um excelente computador na cabeça e que somos descendentes de povos
primitivos. A única diferença reside no fato de termos sido “domesticados” pela vida
civilizada. Agimos como formigas operárias num formigueiro desorganizado que produz as
desigualdades da riqueza, da glória e do poder entre nós mesmos. Punimos outras pessoas e
somos punidos por elas, porque copiamos o modelo violento que nos foi ensinado e o
repetimos dentro de casa e na rua. Sentimos culpa porque achamos que sempre somos os
responsáveis pelas nossas ações e reações. Omitimo-nos porque não queremos ser agentes de
transformação, cujo primeiro passo se inicia dentro de nós mesmos, e nos sentimos confusos
com o modelo de convivência que nos cerca. Sentimos culpa porque, às vezes, reagimos
inadequadamente e não conseguimos compreender a nossa ação reativa. Todos nós possuímos
um conhecimento intuitivo que nos diz que devemos mudar. O mundo social que conhecemos
dentro de nós, há milhares de anos, sempre repete: “Viver eu quero... Conviver é preciso!”
Estamos no “ponto zero” de um trabalho ativo de treinamento, onde o envolvimento
com as pessoas deve dar-se de uma forma diferente. Não vamos achar que fizemos mais um
curso teórico relacionado ao poder da mente, ao sucesso pessoal ou ligado a conteúdos
místicos ou mágicos.
O objetivo desse trabalho exige a disposição pessoal e só tem sentido se tocar
profundamente nas dúvidas, na coragem e no desejo de rever e compreender, com clareza, os
problemas que enfrentamos no dia-a-dia.
A perfeita compreensão da parte teórica, aprofundada nos debates em grupo, visa
permitir e facilitar a execução prática dos conteúdos aprendidos, através dos fatos ocorridos
na vida real. A parte essencialmente prática, com certeza, deverá desvendar novas percepções
na forma de lidar com os contatos pessoais de cada um. Os resultados terapêuticos, advindos
de um treinamento voltado para a reflexão, revisão e compreensão dos contatos, provocam
muitas surpresas tanto do lado de quem o faz como do lado de quem recebe e se beneficia
com seus efeitos. A própria organização dos trabalhos, em grupos pequenos, determina a
diferença entre este tipo de atividade e as palestras, conferências e seminários que lançam
informações amplas sobre diferentes temas.
Nosso objetivo principal é a busca interna de um estímulo libertador que, a partir do
interior de cada um, possa atingir qualitativamente os contatos com a nossa família, parentes,
amigos, alunos e filhos. Visa melhorar a acuidade da nossa visão interna e externa sobre o que
acontece dentro e ao redor de nós.
Se há alguns trechos “fortes”, contundentes e aparentemente agressivos no interior
deste texto, é porque ainda há muitos preconceitos, obstáculos e tabus que aprendemos e
cultivamos durante o desenvolvimento da nossa personalidade. Não é o nosso objetivo mudar
radicalmente o comportamento de ninguém, mas, tão somente, contribuir para o alargamento
e o aprofundamento da compreensão dos contatos, necessários à convivência saudável.

Como já havíamos dito anteriormente, a nossa preocupação com o agravamento
visível, nas últimas décadas, dos fenômenos diretamente relacionados com o comportamento
humano (guerras, fome, doenças mentais, neuroses, crimes, degradação ambiental)
estimularam-nos a escrever este trabalho. Não que este trabalho possa, por si só, transformar a
realidade atual, mas, a par e ao lado de tantas outras tentativas, acreditamos que possa ser um
elemento de contribuição na busca da compreensão das causas que os mantêm em progressão.
Desde 1972 estamos acompanhando atentamente o aumento da freqüência das
sociopatias e de outros processos mentais que atingem os líderes, atravessam as diferentes
camadas sociais, mostrando-se devastadores como agentes da desorganização social na
família, na escola e no trabalho. Dirigimos sempre o foco da nossa atenção para diferentes
pontos: as pessoas que atendemos na clínica, os noticiários nacionais e internacionais, os
contatos pessoais com os amigos, parentes e conhecidos, os livros e outros trabalhos
relacionados a essa área. Em todos eles percebemos uma progressiva tendência de
agravamento no âmbito das relações sociais e afetivas. Não nos consideramos nem pessimista
nem otimista na constatação e interpretação desses fenômenos. Só sabemos que, ao cruzar os
dados da observação, verificamos que a sua freqüência e intensidade sofrem um significativo
aumento de ano para ano. Achamos que estamos caminhando para uma nova etapa onde a
humanidade terá que rever (parece que já começou) os padrões de convivência atuais. A onda
de violência e de misticismo a que atualmente assistimos parece ser proporcional à pressão
materialista, tecnológica e consumista vigente nos nossos dias e que já se prolonga por mais
de cinco décadas. A velocidade na mudança dos hábitos e costumes, em diferentes países, que
só eram sentidos através das décadas, agora se sucedem e são sentidos através dos anos.
Sabemos que a natureza, a qualidade e a direção das mudanças não são objeto de decisões
intelectuais, nem de países nem de pessoas. Não há como projetar e controlar situações
ligadas aos sentimentos, princípios e valores humanos, nem projetar e construir uma nova
cultura através de projetos técnicos.
Nunca existirão leis que possam controlar o comportamento humano, a consciência ou
o inconsciente das pessoas. É possível, porém, compreendê-los, na medida em que
consigamos, dentro de nós, uma disposição suficientemente forte para iniciarmos essas
mudanças pelo caminho da revisão e do redirecionamento das nossas ações diárias.
Chegamos ao final do nosso trabalho. Esperamos que os conceitos, pensamentos e
opiniões aqui expostos possam ter levado à reflexão e análise da nossa condição atual de
cidadãos e cidadãs, responsáveis que somos como modelo e exemplo para os que estão
crescendo para ocupar o nosso lugar de adultos no futuro. Somos todos arquitetos e operários
do futuro e da mudança.

SUGESTÕES DE LEITURA

ANTROPOLOGIA
CLASTRES, Pierre - Arqueologia da Violência. S. Paulo, Brasiliense,1982
CLASTRES, Pierre - A sociedade contra o Estado: pesquisas de, antropologia política. Rio de
Janeiro, 1973, F. Alves.
CLASTRES, Pierre – A Fala Sagrada. Campinas - S. Paulo, Papirus editora,1990
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LÉVI-STRAUSS, Claude - Tristes Trópicos. Lisboa, edições 70 LDA, 1993, Grafidois LDA
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- Apenas livros básicos e de consulta foram citados nestas Sugestões de Leitura. Outras
fontes como revistas, jornais, ensaios, monografias, pesquisas, informações da Web e de
outras origens, não foram citadas com a intenção de tornar conciso este documento.

Glossário

A
à socapa- à vontade, até não poder mais. -105
a.C.- abreviatura que significa “antes de Cristo”. -40, 59
abandonoterapia- apelido que dávamos aos pacientes esquecidos, que não faziam
tratamento. -125
abstêmio- aquele que evita bebidas alcoólicas. -112
ação preventiva- ação que previne, evita. -19
”aché”-nome dado ao índio adulto caçador, na tribo dos guaiaqui. -105
afetividade - qualidade de quem é afetivo. -25, 34, 61
afeto cultural - · afetividade pelo lugar onde nasceu e viveu. -43
afeto grupal - afetividade pelo grupo onde nasceu. -43
AIDS -· doença transmitida pelo vírus HIV, de cura sujeita à pesquisas. -81
almofarizes - recipientes onde se trituram substâncias sólidas. -59
aloés - planta suculenta, medicinal, da família das Liliáceas, cujas folhas contêm um suco
amargo. -23
altaneira - que se eleva muito, que voa muito alto. Orgulhosa, soberba. -86
alterações do comportamento - expressão que substitui termos como: doença mental,
loucura. -23, 24, 25, 28, 29, 30, 40, 95
altruísmo -amor ao próximo; abnegação, filantropia. -51
alucinatórias - de alucinação, ver ou ouvir o que não está ali. -45
ambigüidade - característica de imprecisão, que tem mais de um sentido. -105
Amor Fraterno - se refere ao amor de irmão. -61
Amor Materno - se refere ao amor de mãe. -61
Amor Paterno - se refere ao amor de pai. -61
Amor-Próprio - se refere ao amor por si próprio, gostar de si mesmo. -61
anabolismo - processo pelo qual o organismo absorve e incorpora substancias que fazem
bem ao corpo. -47
anelando - aspirando a, desejando ardentemente. -17
anfetaminas - remédios que tiram o sono; o mesmo que “bolinha” e “rebite”. -85
aniz - planta originária do Egito, que possui muitas propriedades medicinais. -23
anos-luz - medida de tempo usada na Astronomia; o tempo que leva a luz para percorrer
uma distância durante um ano. -101
antropóides a semelhantes aos homens. -60
Antropologia - ciência que estuda muitas características das sociedades humanas.
-19, 38, 131
antropólogos - estudiosos da Antropologia. -53
arengas - brigas, animosidade entre pessoas, intrigas. -53
arquipélago melanésio - conjunto de ilhas existentes no sul do oceano Pacífico. - 98
associal - ausência do social, o mesmo que isolamento. -110
atávico - reaparecimento num descendente, de características dos seus ancestrais. -23, 63
atitudes dissimuladas - atitudes camufladas, ocultas, encobertas, disfarçadas, fingidas,
falsas, hipócritas. -83
Australophitecus - grupo de macacos semelhantes ao homem, encontrados na Austrália.
-58
Auto-Estima - o mesmo que Amor-Próprio. -61
autoritarismo - maneira autoritária de conviver ou governar. -80, 114, 116
aversão -repugnância invencível. Animosidade, forte antipatia. -86, 100
B
Babilônia -cidade principal de um antigo império extinto, localizado no sudoeste da Ásia.
-21, 22, 23
bagas - fruto carnoso que não se abre quando maduro, como o tomate. -102
bando - agrupamento social primitivo. -57, 103
beladona - planta solanácea venenosa, muito empregada em medicina como sedativo. -23
“beta” - ornamento labial usado pelos guaiaquí na época da iniciação dos adolescentes.
Significa que o rapaz tornou-se adulto e caçador. -103
biosfera - camada da Terra onde vivem os seres vivos. -84
birra” - capricho, teimosia. Obstinação caprichosa. Comportamento reativo infantil. -46,
72
bissexuais - se refere aos indivíduos que fazem uso tanto da homo como da
heterossexualidade. -100
Boa Relação - o mesmo que Relação de Qualidade. -49
“bode expiatório” - pessoa sobre a qual se fazem cair as culpas alheias ou a quem são
imputados todos os males. -26, 110
bom-senso - faculdade de julgar, raciocinar; juízo, tino. Modo de pensar equilibrado.
-55, 57, 73
C
“cabeça fraca” - o mesmo que maluco, desmiolado, tantã, esquisito, desequilibrado,
parafuso frouxo. -29
caçoadas - fazer troça a, zombar de. Fazer gozações com, rir de alguém. -105
capacidade de interpretação - função bastante complexa, necessita de bom equilíbrio
psíquico, de vasta experiência pessoal e de uma quantidade e qualidade de informações
diversificadas. -35, 45, 57
cardamono -planta usada pelos babilônios, entrava na composição de remédios. -23
cássia -planta da família das Leguminosas, a que pertencem as acácias. -23
catabolismo - processo pelo qual nosso organismo expele substâncias que poderão fazer-lhe
mal. -47
cataplasmas - massa medicamentosa, que se aplica sobre a pele diretamente ou entre dois
panos. -23
“centro receptor-processador-transmissor” - refere-se às características do cérebro, que
recebe, processa e transmite. - 39
20
Cérebro- massa nervosa contida no crânio. -21, 25, 27, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37,
38, 39, 42, 44, 45, 46, 47, 57, 58, 60, 61, 62
chacinas - matanças, morticínios, mortandades, massacres. -78
chantagem - ação de impor desejos ou favores, sob condições planejadas, promessas ou
ameaças. -29, 39, 40, 81
charutos de “tauarí” - cigarros rituais dos índios. -82
CID -sigla de Código Internacional de Doenças. -23
“cidadãos que convivem” - refere-se aos índios, que dão valor especial à convivência. -38
cipó - designação comum a todas as plantas sarmentosas e trepadeiras, que pendem das
árvores e nelas se entrelaçam. -121
cirurgiões-barbeiros - tipo de profissão que havia na Europa medieval e renascentista.
-22
clã - grupo constituído de pessoas de descendência comum. -53, 54
código de Hamurabi - terrível estatuto penal existente na Babilônia. Faz referências
específicas sobre os direitos e deveres dos cidadãos. -21, 22, 113
código genético - código da hereditariedade e dos mecanismos da sua evolução nos seres
organizados. -34
código Morse - sistema de comunicações codificado, pelo qual se transcreve ou traduz uma
mensagem. -32
códigos ético-morais - sistemas culturais, pelo quais se aceitam ou não valores éticos e
morais. -88
comando ordem-obediência - ato de mandar e ser obedecido. -91, 114
comportamento ativo - comportamento humano positivo e construtivo, que produz
harmonia e equilíbrio interno (no psiquismo) e externo (na família e no ambiente) e que
contém altos níveis de sentimentos, princípios e valores saudáveis nas pessoa que o
originaram. -27, 28, 31, 32, 33, 36, 55, 68, 69, 70
comportamento reativo - comportamento humano negativo e destrutivo, que produz
desarmonia e desequilíbrio interno (no psiquismo) e externo (no ambiente e na família) e que
contém baixos níveis de sentimentos, princípios e valores saudáveis nas pessoa que o
originaram. -33, 54, 68, 69, 70
conhecimento intuitivo - o mesmo que intuição. Conhecimento imediato e claro, sem
recorrer ao raciocínio. Pressentimento. Conhecimento claro, direto, imediato e espontâneo da
verdade. -19, 57, 89, 99, 128
conteúdo do comportamento - o que está contido no psiquismo e explica o
comportamento de uma pessoa. -31
continente do comportamento - o que cerca e influencia o comportamento de uma pessoa.
-31
convulsões - contrações musculares bruscas e involuntárias. -84
Corão - o livro sagrado do islamismo. -113
corrida armamentista - o mesmo que corrida nuclear, rearmamento. -74
CRD - comportamento reativo dissociativo (esquizofrenia). -45
crimes hediondos a crimes monstruosos, repugnantes, repulsivos. -29, 31
cristéis a o mesmo que “clister”. Lavagem intestinal. Introdução de medicamentos
diretamente no reto. -23
21
cromossomos - cada um dos corpúsculos de cromatina que aparecem no núcleo de uma
célula, durante a sua divisão. Constituem a sede das qualidades hereditárias representadas
pelos genes. -97, 100
culpa - consulte sentimento de culpa. -26, 62, 80, 94, 127, 128
D
“daré” a na cultura dos índios guaiaquí é a mulher adulta que já pode ser esposa de um
caçador. -104
“data vênia” - expressão usada pelo advogado em seus arrazoados, ao contrapor-se à
opinião, que respeita e acata, do Juiz , ou do patrono adverso. -41
degredados -homens que foram deportados e que não podem voltar à sua terra natal. -116
delírio de grandeza - forma patológica de auto-engrandecimento. Estado mental confuso,
desorientado e ilusório. -124
delírio de riqueza - forma patológica de auto-enriquecimento. Estado mental confuso,
desorientado e ilusório. -124
Delírio Febril - · delírio que surge durante a febre alta. -84
demagogia - mentira, promessas impossíveis. Excitação das paixões populares em proveito
político. -81
desenvolvimento psicossocial - desenvolvimento do psiquismo voltado para a adaptação
social. -43, 106
“desequilibrado” - o mesmo que maluco, desmiolado, tantã, esquisito, parafuso frouxo.
-29
“desmiolado” - o mesmo que maluco, tantã, esquisito, desequilibrado, parafuso frouxo.
-29
Despersonalização - perda do reconhecimento da própria identidade, grave
desorganização do psiquismo. -56
amas - deus dos babilônios que presidia a Justiça. -22
“dicas não verbais” - tudo aquilo que conseguimos perceber e entender, sem o uso das
palavras. -55
dicotomia - bifurcação, divisão em duas partes que se separam. -103
dimorfismo sexual - diferenças de forma entre os sexos masculino e feminino. -97
dissimulação - ato ou efeito de dissimular(-se). Fingimento, disfarce. -72, 81, 95
doenças mentais - conceito antigo de considerar doença as alterações do comportamento.
-19, 24, 27, 28, 29, 36, 45, 46, 48, 56, 62, 98, 129
doenças psico-sócio-somáticas (psicossomáticas)- o mesmo que doenças psicossomáticas.
Alterações que aparecem ou são sentidas no corpo, mas tem origem na mente e provocam
sofrimento. -19, 37 ,40, 46, 85
“drag queens” - tipo feminino representado por transformistas. -100
drogadição - o mesmo que adição de drogas, toxicomania ou drogadependencia. Uso
excessivo de drogas. -31, 40, 112, 113
drogadito(drogadependente)- a pessoa que faz uso excessivo de drogas, viciado.
-111, 112
E
Efeito Vitrine - recurso utilizado para comparar leituras de comportamento das pessoas.
-70
ego - relativo à identidade do “eu”. -59, 85
22
egocentrismo - egoísmo, individualismo. -39, 81
emoções - componentes importantes de registro do psiquismo.
-21, 25, 32, 35, 36, 43, 46, 47, 61, 72, 117, 125, 127
EMOTIZAR - impregnar de emoção uma informação para facilitar sua posterior
memorização. -42
empíricas - com base em conhecimentos práticos devidos meramente à experiência. -86
emproada - que se dá ares de importância; pretensiosa, orgulhosa. -86
engramas - minúsculos grãos contendo dentro de si tantas informações (emoções,
sentimentos, percepções, etc.) que dariam, depois de descomprimidas, para encher uma bola
de futebol. -32, 42, 43
enxó - ferramenta de cabo curto e com chapa de aço cortante, para desbastar madeira. -59
Era Científica - período em que os conhecimentos humanos começaram a ser reunidos e
organizados. -21
eremita ou ermitão - aquele que vive isolado dos outros por penitência ou decisão. -72
escala zoológica a sistema de organização e classificação dos seres do reino animal. -41,
77, 101
escargot - espécie de caracol comestível. -97
escrita cuneiforme - escrita dos assírios, caracterizada por elementos em forma de cunha.
-22
“esperto como uma raposa” - se refere à esperteza de alguma pessoa. -29
religiosidade -a qualidade do que é religioso. -62
“esquisito” - o mesmo que maluco, desmiolado, tantã, desequilibrado, parafuso frouxo.
-29
esquizofrenia - alteração do comportamento onde há desintegração temporária do
psiquismo. -24, 38, 45
estímulo do comportamento a o que mobiliza o comportamento de uma pessoa. -31
Etnocentrismo, Solidariedade Grupal ou Espírito-de-Grupo - se refere aos sentimentos
que mantém coeso um grupo de pessoas de uma mesma cultura. Tendência de se considerar a
cultura de seu próprio povo ou do seu grupo, como medidora de todas as outras. - 61, 107
Etnologia - estudo das etnias (pequenos grupos humanos de cultura própria). -89
etnólogos - os que estudam as etnias, grupos humanos com características cu1turais
próprias. -53
etruscos - relativo ou pertencente à Etrúria, antiga região da Itália, ou aos seus habitantes,
língua, civilização ou arte. Habitantes ou naturais da Etrúria. -23
F
“família extensa” - tipo de família existente em tribos indígenas, composto de: pai, mãe
irmãos, avós, tios e tias, cunhados e cunhadas, primos e primas, etc. -53, 54, 77, 78, 114
Família Hipersintônica -a a que lança o filho com forte impulso para o futuro da vida
social. -74, 78
Família Hipossintônica - a que lança o filho com fraco impulso para o futuro da vida
social. -74, 77
Família Homossintônica - a que lança o filho com impulso suficiente para o futuro da vida
social. -74, 78
Família Simbiótica - a que se recusa a lançar (preparar) os filhos para o futuro da vida
social. -74, 75
23
fantasias - faculdade criadora pela qual o homem inventa ou evoca imagens. Obra de
imaginação. Idéia, devaneio. -36, 42, 45, 46, 56, 59, 88, 90, 96, 98, 107, 127
faraós - denominação dada aos reis do antigo Egito. -42
farmacopéia - livro que ensina a preparar os medicamentos. Coleção de receitas de
medicamentos. -23
festas de iniciação - festas ou rituais nos quais se inicia alguém nos mistérios de alguma
religião, doutrina, ou etapa da vida. Hábitos indígenas para promover a passagem de uma fase
da vida para outra. -110
Freud - idealizador e criador da Psicanálise. -32, 38
função biopsicossocial - se refere a integração de funções essenciais: biológica, psicológica
e social. - 100
função centrífuga - se refere a função que foge do centro ou projeta para fora do centro.
-77
função neurológica - se refere a função do sistema nervoso. -35, 36, 39
função psíquica - se refere a função do psiquismo. -35, 36, 39
G
“gêmula” - núcleo do qual se originará a planta adulta. -53
Genética - ramo da biologia que trata da hereditariedade e dos mecanismos da sua evolução
nos seres organizados, iniciada por Gregor Johann Mendel. -60, 97, 100
gengibre - planta condimentar e medicinal. -23
genitália - a parte visível dos órgãos reprodutores. -105
genocídios - delitos contra a humanidade, extermínio de grupos culturais. -29
grupo étnico - designa as características próprias dos habitantes de um local, país ou região.
- 109
guaiaquí -grupo indígena brasileiro em fase de extinção. -102, 103, 104, 105
guariba - macaco grande da floresta amazônica. -80
H
Hamurabi - antigo legislador babilônico, criador de um código severo que regulamentava
os direitos e deveres dos cidadãos da sua época. -21, 22, 113
hermafrodita - indivíduo que possui os dois sexo, masculino e feminino. -97, 101
Heródoto -historiador grego, que viveu na Babilônia durante certo tempo. -21
heterossexuais - os que se interessam pelo sexo oposto. -99
heterossintonia - significa sintonia inadequada. -39
Hiatrogênese - doença provocada pela administração excessiva de remédios pelo próprio
médico. -81
hipocondríacos - pessoas que sofrem de receio mórbido de estarem doentes. -81
hipocrisia - fingimento, falsidade. -39, 40, 81, 83, 90
“hippies” -movimento de jovens que surgiu na década de sessenta, com forte resistência à
organização da sociedade atual. Usaram o lema: Paz e Amor. -44, 63
holocausto nuclear - guerra nuclear que determinaria a extinção da vida na Terra. - 73
homem de Cro-Magnon - antepassado do homem atual, de grande estatura e robustez.
-58
homeostase cerebral - equilíbrio cerebral ou mental. -46
Homo perplexus perplexus - forma satírica de falar sobre a ignorância humana. -63
Homo sapiens sapiens - classificação zoológica do homem atual. -29, 63
24
homossintonia - significa sintonia adequada. -39
hortelã - nome comum a várias plantas labiadas, sendo as do gênero Menta, aromáticas, e
usadas como condimento. Planta medicinal, de ótimo sabor e propriedades refrescantes bem
conhecidas. -23
I
Identidade - Componente do psiquismo, essencial para sua organização interna.
Capacidade de se auto-identificar que as pessoas possuem. -35,
42, 43, 50, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 60, 61, 75, 78, 83,
97,88, 100, 105, 106, 112, 113, 114, 125
igualitária - característica de igualitarismo, ser justo com todos. -89
“impeachment” - impedimento de um governante de exercer suas funções políticas. -41
impulso autodestrutivo - impulso suicida, que se prejudica a si mesmo. -74
“in totum” - expressão latina que significa: no todo, totalmente. -41
inalações - absorção pelas vias respiratórias dos vapores de substâncias medicamentosas.
-23
inconsciente - que não toma consciência. Parte da função psíquica.
-25, 26, 31, 32, 38, 39, 72, 76, 105, 110, 129
inconsciente coletivo - forma grupal ou coletiva de organizar desejos, idéias ou aspirações.
-24, 115
incontinência fecal - disfunção que provoca a incapacidade de conter as próprias fezes.
-78
individualismo - egocentrismo, egoísmo. -39, 54, 60, 81, 83
“indústria da doença” - se refere a pessoas ou grupos que só pensam em ter lucros com a
doença. -81, 85
infrator- pessoa que infringe regras, normas ou leis. -40, 49, 109, 113, 116
infusões - meio de conservação temporária de uma substância em líquido, para dela se
extraírem princípios medicamentosos. Maceração farmacêutica. -23
instinto agressivo - quando o objetivo do instinto está voltado para a agressão. -58, 73
instinto gregário - quando o objetivo do instinto está voltado para a formação de grupo.
-58
instinto sexual - quando o objetivo do instinto está voltado para o ato sexual. -83, 96
instintos paternal e maternal - quando o objetivo do instinto está voltado para o amor ao
filho. -58
Inteligência Emocional - capacidade aumentada do psiquismo, estando o mesmo em
equilíbrio emocional. -39
interagir- ação recíproca de duas ou mais pessoas. -30, 35
intuição - função refinada do psiquismo. Se caracteriza por uma percepção aguda e
interpretação inconsciente de estímulos tenuemente conscientes. -34, 35, 57, 60
J
jacamins - nome comum a diversas aves da ordem dos Gruiformes. -89
jocoso - alegre, gracioso. Que provoca o riso. -100
joio - planta anual, gramínea que infesta as searas. Coisa má que, misturada com as boas, as
prejudica e deprecia. Separar o joio do trigo: separar os bons dos maus; separar o que é bom
do que não presta. -123
25
juízo crítico - função bastante complexa, necessita de bom equilíbrio psíquico, de vasta
experiência pessoal e de uma quantidade e qualidade de informações diversificadas. -31, 34
“jyvondy” - palavra guaiaquí que denomina o tipo de caça feita com arco e flecha. -104
K
Kahlil Gibran - escritor, místico e desenhista líbano-norteamericano nascido no Líbano em
1883. -17, 74
“Kybuchuété” - novo caçador, na língua dos índios guaiaquí. Significa que o novo iniciado
poderá ter uma mulher e deverá consequentemente prover as necessidades do novo lar. -103
“Kyrypy-meno” - na língua dos índios guaiaquí significa ânus-fazer-amor , relativo a
homossexualismo. -105
L
La Lettera - carta de Américo Vespúcio ao rei Don Fernando de Castela, que se refere às
novidades da nova terra descoberta e de seus habitantes. -99
labilidade - fragilidade. -62
lei de Talião - antigo sistema penal pelo qual o autor de um delito devia sofrer castigo igual
ao dano por ele causado. -113
Leitura Profunda - forma de ler o que está por trás das palavras e dos gestos. -65
“lento como uma tartaruga” - · se refere à lentidão de alguma pessoa. -29
lésbica - mulher que pratica o ato homossexual. -100
libertinagem - devassidão, desregramento de costumes, licenciosidade. -105
Linguagem dos Sentimentos - forma de responder, depois de perceber que sentimentos
geraram as palavras e gestos. -65, 70
linguagem emocional - forma específica e individual de linguagem que cada pessoa possui,
independente do idioma ou da cultura. -69
linhagem - linha de parentesco; ascendência, estirpe, casta, raça. Condição social. -53
linimentos - preparado líquido ou pastoso que se aplica em fricções, contra dores
musculares, etc. -23
líquido céfalo-raquidiano ou líquor - líquido no qual o cérebro e a medula flutuam e que
lhes confere relativa segurança.-33
livre-arbítrio - faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua próprio conduta.
-39, 41, 54, 108
“lixo tensional” - o mesmo que “stress”, tensão, ansiedade e nervosismo. -70
longevidade - longa duração de vida. Qualidade de quem é longevo. -23
loucura - forma inadequada de se referir às alterações do comportamento. Estado de quem
é louco. Distúrbio mental; demência; psicose. Ato de louco. Insensatez. Aventura insensata.
-24, 25, 26, 27, 29, 30, 45, 57, 62, 123, 124, 126
M
Má Relação - o mesmo que relação inadequada. Dificuldade dos adultos em compreender o
comportamento das crianças e jovens. -49, 50
magnata - milionário. -89, 112, 123
mais-valia - o mesmo que lucro. -89
manipulação - o mesmo que chantagem; usar de expediente chantagista, indireto ou
enganador para obter resultados que são usados em proveito próprio. -39
“mateiro” a pessoa que serve de guia na mata. -119
26
“mau elemento” - o mesmo que maluco, desmiolado, tantã, esquisito, desequilibrado,
parafuso frouxo. -29
Mecanismos de Defesa da Mente - mecanismos usados pelo psiquismo para manter seu
equilíbrio. -38
Medicina Assírio-Babilonica - medicina empírica exercida pelos assírios e babilônicos.
-21
médico-sacerdote - tipo de profissão que havia na Europa medieval e renascentista.
-22, 23
megalomania - mania de grandeza, ilusão de que se é uma pessoa de grande importância.
-86
meimendro - planta usada pelos babilônios, entrava na composição de remédios. -23
memória genética - hipótese defendida por alguns de que é possível guardar informações
de ancestrais. -60
mendicância - ato de mendigar; mendigação, mendicidade. Condição de quem vive de
esmolas. -101
“menino de rua” - menor abandonado que vive e mora na rua. -36, 88
mente - faculdade de conhecer; inteligência, poder intelectual. Entendimento, alma,
espírito. Disposição para fazer alguma coisa. Idéia, resolução. Concepção, imaginação.
Intenção, intuito, plano. -21, 24, 25, 30, 31, 33, 35, 36, 38, 45, 46, 47, 87, 117, 121, 128
“metabolismo do corpo” - processo pelo qual nosso organismo absorve e incorpora
determinadas substancias que fazem bem ao corpo (anabolismo) e expele outras que poderão
fazer-lhe mal (catabolismo). -47
metástases - irradiação dos tumores malignos para locais distantes no corpo. -115
mimetismo - capacidade que têm certos animais e plantas de adaptar-se à cor do ambiente
ou de outros seres ou objetos, para passarem despercebidos de seus inimigos ou vítimas.
Disfarce. -40, 117
Mimetismo Psicossocial - mensagens transmitidas pelo indivíduo, em forma de códigos ou
camufladas, para a sua família e para a sociedade. -38, 40, 81
miraculosos - que fazem milagres. Milagrosos. Extraordinários, inexplicáveis,
maravilhosos. -112
miragens - · efeito da refração que, nos desertos arenosos, faz ver na atmosfera a imagem
invertida de objetos muito distantes, como cidades, oásis etc. Engano dos sentidos, ilusão.
-94, 112
misticismo - crença religiosa ou filosófica dos místicos, que admitem comunicações ocultas
entre os homens e a divindade. Aptidão ou tendência para crer no sobrenatural. Devoção
religiosa. -21, 129
mito - fato ou passagem dos tempos fabulosos; fábula aplicada a uma religião politeísta. O
que apenas existe na fantasia das pessoas crédulas. Exposição simbólica. -19, 24, 25, 80,
83, 86, 89, 90, 105, 106, 112, 120, 124
modelo cultural - conjunto de características particulares de um grupo humano que forma a
sua cultura, que a identifica e pela qual se expressa. -54, 57,
78, 101, 105, 106, 114, 116, 117, 123
modelo interno da mente - conjunto de características particulares de um grupo humano
que forma a sua cultura, que a identifica e pela qual se expressa. -33
moralista - que, ou quem escreve sobre moral. Que, ou quem preconiza preceitos morais.
-98, 110, 112
27
“museniku” - nome de doença usado pelos assírios e babilônicos. -23
N
nazi-fascismo - conjunto de doutrinas políticas dos partidos nacional -socialista alemão e
do partido fascista italiano. -42
Neurologia - parte da medicina que estuda as doenças do sistema nervoso; nevrologia. -21
nômades - diz-se dos grupos humanos que não se fixam para morar num lugar definitivo e
que vivem se mudando de um lugar para outro. -58, 102, 103
núcleos afetivos ou grupos afetivos - grupo que nos gerou, com o qual exercitamos nossas
primeiras relações ou com o qual temos longa convivência e que ficará fortemente gravado
em nosso psiquismo para toda a vida. -42, 43, 61, 124
O
óleo de rícino - óleo extraído das sementes da mamona. -23
“olho de águia” - se refere à acuidade visual de alguma pessoa. -29
opulência - abundância de bens. Grande riqueza. Grande abundância. Fausto,
magnificência. -81, 95
Ordem Natural - o mesmo que Natureza. -98, 105
otário - indivíduo ingênuo, tolo, que facilmente se deixa enganar. -88
“ovelha negra” - expressão usada para discriminar o comportamento de uma pessoa dentro
de um grupo. -29
P
P.M.D. - · abreviatura de Psicose Maníaco-depressiva. Distúrbio mental grave onde o
estado maníaco e a depressão se destacam. -38
pacientes crônicos - portadores de alterações de comportamento que passam muitos anos
fazendo tratamento inadequado com remédios ou são abandonados nos hospitais psiquiátricos.
-88
pajé ou xamã - homem ou mulher, entre os indígenas, que exerce a função de feiticeiro,
médico, profeta e sacerdote. Benzedor, curandeiro. -52, 82, 114, 115, 116, 119, 121, 122
palmeira Pindo - tipo de palmeira existente no Brasil cujo cerne é comestível. -102
“pané” - na língua dos índios guaiaquí significa: azar, azarado, sem sorte. -104
“panema” - · o mesmo que “pané”. a104, 105
pantomimas - arte ou ação de exprimir idéias ou sentimentos por meio de gestos.
Representação teatral no final de espetáculos circenses, em que os atores só se exprimem por
gestos. Embuste, logro. -86
papiro - tiras prensadas de uma planta que eram utilizadas pelos povos antigos para
escrever. -113
papoula - planta da família das Papaveráceas de seiva leitosa, de que se extrai o ópio. A
flor dessa planta. -23
para-realidade - estado de confusão ou entorpecimento mental causado por remédios ou
substâncias que alteram as características normais do sistema nervoso. -25
“parafuso frouxo” - o mesmo que maluco, desmiolado, tantã, esquisito, desequilibrado.
-29
paranormalidade - capacidade que têm alguns indivíduos de perceberem com outros
sentidos. -34
28
pasteurização - ato ou efeito de pasteurizar. Processo de esterilizar determinado material (o
leite etc.) por aquecimento de gradação variável, que pode chegar a 70ºC, esfriando-o
rapidamente depois. -84
patogênico - aquilo que origina doença. -62
personalidade - qualidade do que é pessoal. Caráter essencial e exclusivo de uma pessoa;
pessoalidade. Aquilo que a distingue de outra. Individualidade consciente; pessoa.
-19, 25, 46, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 62, 64, 75, 78, 83, 85, 86, 92, 95, 112, 113, 114, 129
pertinente - pertencente, concernente, relativo. Que vem a propósito. -103
perversão - desvio, socialmente condenado, em especial na esfera sexual. -105
Pithecantropus erectus - gênero que identifica a transição entre o macaco e o homem
atual. -58
“podium” - lugar para onde sobem os vencedores para serem homenageados e receberem
troféus. -108
potencial destrutivo natural - o mesmo que destrutividade natural. -117
pré-colombianos - significa: antes de Colombo. Antes da invasão da América por
Colombo. -107
pré-convulsões - estágio que antecede as contrações musculares bruscas e involuntárias.
-84
pré-história - tempo que antecede a história, a escrita. -24, 74
pré-letrados - diz-se dos povos que não usam a comunicação escrita. -107
precognição - capacidade ou talento que os paranormais possuem de conhecerem
previamente um fato antes mesmo que ele aconteça. -35
predador- diz-se do, ou o ser que destrói outro violenta ou naturalmente. -58, 73
prepotente - muito poderoso ou influente. Que abusa do poder ou autoridade; despótico,
opressor, tirano. -83, 86
prepúcio - dobra de pele que cobre a glande do pênis. a121
primatas a ordem dos mamíferos que compreende os símios, lêmures e o homem, derivados
provavelmente de ancestral comum. -57, 113
Princípios - regras, leis ou preceitos pessoais que determinam o comportamento. Ditame
moral, máximas inerentes a cada pessoa. -21, 25, 30, 31, 35, 37, 40, 44, 47, 55, 56, 57,
61, 62, 65, 71, 72, 78, 79, 90, 106, 107, 108, 116, 117, 127, 129
“programação anômala”- distorção ou anomalia de aprendizagem-39, 40
“programas básicos”- significa o tratamento e a formação que o indivíduo recebe dentro
de sua família. -34, 38, 39
prolíficas - que procriam abundantemente. Fecundas, férteis, produtivas. -101
prontuários - fichas ou pastas nas quais se organizam dados da evolução clínica de um
paciente. -124
proselitismo - diligência em influenciar pessoas para convertê-las em adeptos de uma idéia,
doutrina ou crença. -98
prospectos a programas que contém o plano, a descrição de uma obra, de um produto, de
um negócio, etc. -123
proto-relação social - que indica a idéia de: primeira relação social. -61
Psicanálise - análise da mente; separação da psique em seus elementos constitutivos.
Sistema e método de tratamento de desordens mentais e nervosas, criado e desenvolvido por
Sigmund Freud, psicólogo austríaco. -19, 133, 134
29
psicomotricidade - resultante da ação neuro-emocional sobre a coordenação muscular.
-25
Psiconeurose - o mesmo que neurose. Distúrbio psicológico, menos severo do que a
psicose, mas suficientemente grave para limitar o ajustamento social e a capacidade de
trabalho do indivíduo. -38, 40
psicopatológica - relativo às alterações mentais graves. a74
psicoses - o mesmo que alterações graves do comportamento. -40, 114
psique alma; o espírito; a mente. -74
Psiquiatria - parte da Medicina que se ocupa das doenças mentais . a19, 21, 135
psiquismo - complexa rede de fenômenos subjetivos que ocorrem no cérebro. Base sobre a
qual se assentam todos os componentes que fazem funcionar o comportamento-19, 24,
25, 27, 30, 31, 32, 35, 36, 39, 40, 43, 44, 45, 46, 47, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 59, 60, 61, 62,
64, 65, 69, 70, 72, 73, 75, 80, 87, 94, 95, 96, 97, 107, 114, 115, 116, 117, 124
Q
quadros clínicos e síndromes - formas de organizar e classificar as doenças. -24
quinquilharias - fato, acontecimento, ou objeto sem valor. Bagatela, coisa insignificante.
-125, 126
R
Ramapithecus - antropóide conhecido apenas por fragmentos dos seus dentes e mandíbulas,
viveu há 14 milhões de anos. Provavelmente apresentava mais semelhanças com os primeiros
homens do que com os macacos. -58
“rápido como um coelho” - se refere à rapidez de alguma pessoa. a29
regressão à infância - ato ou efeito de regressar, de voltar a estágios anteriores do
desenvolvimento emocional . -75, 78
Reinstalação da Sintonia Familiar a retorno às relações de qualidade dentro de um grupo
familiar. -27, 49
Relação de Qualidade - o mesmo que relações saudáveis, não-neuróticas. -48, 49, 50, 65
religião - conjunto de dogmas e regras doutrinárias organizadas e elaboradas pelo
homem. -21, 81, 111, 112, 113
religiosidade - capacidade de crer ou acreditar em um ser superior, inerente a todos os seres
humanos, independente da existência de organizações elaboradas pelo homem.
-21, 34, 39, 44, 52, 62, 89, 109, 113, 115
representações mentais - · diferentes formas de organizar as informações para serem
compreendidas e processadas pelo conjunto de programações psíquicas. -32
repressões - alterações leves, médias ou graves no processamento das emoções
(informações), podendo provocar alterações do comportamento. -43
ritos ou rituais - conjunto de cerimônias e regras de uma religião ou cultura. Ordem ou
conjunto de quaisquer cerimônias. Sistema das fórmulas e práticas das sociedades humanas.
-109, 112
romã - fruto de romãzeira. -23
S
sátira - composição literária destinada a ridicularizar ou censurar inverdades, defeitos ou
vícios; discurso ou escrito picante e sutil de crítica severa; censura jocosa. -42
30
secreções - produtos produzidos pelas glândulas; líquidos que contêm substâncias úteis ou
nocivas ao organismo. - 85
sentimento de culpa - sentimento que provoca muito sofrimento e está relacionado às
crenças religiosas e às regras ético-morais da cultura. -80, 92, 94
sentimentos - ato ou efeito de sentir (-se). Capacidade para sentir. Sensação psíquica, tal
como as paixões, o pesar, a mágoa, o desgosto etc. Emoção terna ou elevada, tal como o
amor, a amizade, o patriotismo. -21, 25,26, 30, 31, 32, 35, 36,
38,37, 61,62,63, 65,67,68,70,71,72,73,75,78,79, 86,92,96,104,106,107,108,109,
116,117,119,127,129
siclos de prata - moeda corrente que havia na antiga Babilônia. -21, 22
Simbiose a em psicologia significa: apego, colagem, atrelamento, dependência excessiva.
-61, 72, 74, 75, 77
sinalização de deslocamento - mensagem em código que desloca para objetos, animais e
ambiente o que está incomodando por dentro. -32
sinalização de relação - mensagem em código que desloca para outros o que está
incomodando por dentro. -17
sinalização física - mensagem em código que desloca para o corpo o que está incomodando
por dentro. -32
sinalizações - mensagens em código que apontam para a existência de possíveis
comportamentos reativos. - 32, 46, 47, 48, 65, 67, 68, 69, 95
Sintonia Afetiva - forma de expressar com liberdade sentimentos, pensamentos, desejos,
emoções para não produzir acúmulo desnecessário de tensões. -49, 50, 71
sintonizar- usar sua sintonia afetiva. -47
Sistema Imunológico - conjunto de processos de autodefesa do corpo contra as doenças.
-81, 124
Sistema Nervoso Central - conjunto de estruturas nervosas que comandam a vida
vegetativa e de relação. -21, 36, 57
Sociologia - ciência que estuda os assuntos sociais e políticos, especialmente da origem e
desenvolvimento das sociedades humanas em geral e de cada uma em particular. -19, 38
sodomita - o mesmo que pederasta e homossexual. -104
“software” - programa ou grupo de programas que instrui o hardware sobre a maneira
como ele deve executar uma tarefa, inclusive sistemas operacionais, processadores de texto e
programas de aplicação. -25, 36
“stress”- o mesmo que “lixo tensional”, aumento de tensão psíquica. -47, 94
T
tabuinhas babilônicas - pequenos pedaços de argila ou madeira onde eram feitas várias
inscrições. -23
“tantã” - o mesmo que maluco, desmiolado, esquisito, desequilibrado, parafuso frouxo.
-29
telecinesia - faculdade paranormal de deslocar objetos sem os tocar ou por quaisquer meios
tecnológicos conhecidos. -35
telepatia - faculdade paranormal de, sem fazer uso dos sentidos naturais conhecer aquilo
que se passa longe da pessoa; transmissão de pensamento. -35
temporã - que sucede ou vem antes do tempo próprio. Prematuro. -83
teozoomorfismo - uso de formas animais para expressar deuses ou divindades. -30
31
terapeutas auxiliares - denominação dada a todos os adultos que foram treinados pelo
método MIRQ ( Método Interativo para a Relação de Qualidade)-19
terapeutas ocupacionais - · os que se utilizam de atividades para alcançarem resultados
terapêuticos. -124
terracota - argila manufaturada e cozida ao forno utilizada para a confecção de objetos de
cerâmica. -23
“tios solteiros” - homens que ficam velhos sem casar, solteirões. -83
“titias” - mulheres que ficam velhas sem casar, solteironas. -83, 97
Torre de Babel - citação bíblica que fala sobre a construção, pelos homens, da Torre de
Babel (Babel significa: confusão). 114
toxinas - produto tóxico de elaboração vital (por bactérias, animais, plantas), capaz de
provocar a formação de anticorpos.-47
Tradição - conjunto de atos, fatos, ritos, mitos, danças, crenças, usos e costumes, que são
transmitidos de geração para geração de um povo e que mantêm preservadas as características
culturais desse povo. Para os índios funciona como uma lei transcendental. -57, 89,
106, 110, 114, 115, 116, 120, 121
transexuais - que atravessam ou experimentam todos os limites da sexualidade. -100
transformistas - homens que se transformam visualmente para representar papéis
femininos. -100
travestis - disfarce sob o traje de outro sexo. Homossexual que se veste com roupa do sexo
oposto. -100
trobriandeses - habitantes do arquipélago Trobriand, grupo de ilhas de coral, no mar de
Salomão, ao norte da extremidade oriental da ilha de Nova-Guiné. -98
tuxaua - o mesmo que chefe indígena, cacique ou morubixaba. -114, 118, 119
U
usufrutuários - os que só usufruem sem serem proprietários. -108
V
Valores - aquilo que se valoriza individualmente.
-21, 25, 30, 31, 35, 37, 40, 44, 47, 55, 56, 57, 61, 62, 65, 71,72, 78, 79,
88, 90, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 113, 115, 116, 117, 127, 128, 129
vida neuro-vegetativa - conjunto de movimentos automatizados (respiração, batimentos
cardíacos, etc.) que mantêm a vida do corpo em equilíbrio. -35
vitórias-régias - plantas aquáticas da Amazônia, de folha circular e flutuante. -53
“Viver eu quero. Conviver é preciso !”a expressão utilizada no texto para valorizar a
convivência humana. Título deste trabalho. -74
voracidade a a condição de ser guloso, voraz; possui o sentido de nunca ficar satisfeito e
querer sempre mais. -60, 107, 111
X
xamã - homem ou mulher, entre os indígenas, que exerce a função de feiticeiro, médico,
profeta e sacerdote. Benzedor, curandeiro. -52, 82, 114, 115, 116, 119, 121, 122
Y
Yanomami a povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma
família, não classificada em troncos. Denominada anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká, a
família Yanomami abrange as línguas Yanomami, falada na maior extensão territorial,
Yanomám ou Yanomá, Sanumá e Ninam ou Yanam, as quatro com vários dialetos. Os
Yanomami vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de
20 mil índios. Habitam as florestas das serras Parima e Pacaraima, numa região com muitos
rios e igarapés, afluentes dos rios Demêni, Mucajaí, Catrimân, Urariquera e outros. Referidos
desde o século XVIII, constituem o povo mais numeroso da América que mantém seu
patrimônio cultural pré-colombiano preservado em alto grau, a despeito das influências
ocidentalizantes contemporâneas.
Praticam caça, pesca, coleta e, em menor grau, agricultura. Distribuem-se, no Brasil, em 150
aldeias, formadas por uma ou mais malocas. Cada maloca (ou xabono) abriga de 30 a 150
moradores e algumas chegam a 300. A vida social e econômica dessas comunidades é
caracterizada pela intensa movimentação entre as aldeias, situadas de 10 a 100 km lineares
umas das outras, distância percorrida em caminhadas pela floresta que levam de um a cinco
dias. As relações são fraternais, com trocas, casamentos e rituais em comum. O território dos
Yanomami começou a ser invadido no final da década de 1950: a Diocese do Rio Negro
estabeleceu a Missão Maturacá em 1956-19557, a missão Evangélica da Amazônia (Meva)
instalou-se na região do rio Mucajaí em 1958, a Missão Novas Tribos do Brasil chegou em
1963 e seguiram-se várias outras. Em 1970 a Rodovia Perimetral Norte cortou todo o
território e, depois que o Projeto Radam (1975-1976) anunciou a existência de ouro,
cassiterita e outros metais na região, afluíram milhares de garimpeiros. Os garimpeiros,
estimados em 45 mil até 1987, levaram malária, pneumonia e outras doenças, prejudicaram a
caça e a pesca, e causaram a fome e muitas mortes. No final da década de 1980, as forças
armadas decidem implantar e consolidar o projeto Calha Norte, para a proteção de uma
extensa faixa ao longo da fronteira amazônica brasileira. Para tal é proposto, entre outras
medidas, a construção de quartéis e o incentivo da mineração e garimpagem no território
imemorial dos Yanomami. Dessa forma, o território Yanomami é demarcado em um conjunto
de 19 pequenas ilhas não contíguas, inseridas numa reserva florestal destinada à exploração
econômica. Esta demarcação foi questionada pela Procuradoria Geral da República, seguindo-se
então uma enfática campanha internacional denunciando o espoliamento do território
Yanomami, enquanto estes eram atingidos pela fome e pelas doenças. -86, 119, 120
Z
zoantropia - alteração psíquica cujo portador pode acreditar que é um animal. -29
zoopatia - alteração psíquica cujo portador pode acreditar que tem um animal dentro de si.

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